sábado, 18 de janeiro de 2014

sábado, 23 de novembro de 2013

Sebastião, flechas e nevoeiro


Sebastião (feminino: Sebastiana) é um nome antigo que deriva do latim Sebastianus, o qual, por sua vez, tem origem no grego Sebastianos. Significa "homem de Sebaste" ou simplesmente "de Sebaste", uma cidade em Pontus, Ásia Menor, hoje na região costeira turca do Mar Negro. Foi nomeada em honra de César Augusto, primeiro imperador romano, sendo por isso também conhecida pela tradução latina Augusta. Ora, sebastos, por sua vez, significa "venerável", por isso torna-se fácil compreender o porquê de Augusto se ter tornado um título muito usado por imperadores.

Na Idade Média popularizou-se em países como Espanha e França devido a S. Sebastião (imagem), um soldado romano do século 3.º que fora martirizado por flechas após se ter descoberto que era cristão, no seguimento da verdadeira "caça ao cristianismo" do tempo do imperador Diocleciano. É hoje uma figura masculina importante, tanto na igreja católica como na ortodoxa, venerado como o santo patrono do desporto, tendo também sido um santo frequentemente invocado contra a peste.

Em Portugal, não há associação mais importante com o nome do que com o rei D. Sebastião, o Desejado (1554-1578). D. Sebastião herdou o trono de seu avô, D. João III, porque, apesar de este ter tido vários filhos, todos eles acabaram por falecer precocemente. De temperamento e humor variáveis, o jovem rei, sonhando recuperar as praças abandonadas do Magrebe, parte à frente de um exército para o que hoje é Marrocos, contra todos os conselhos que recebera. Acabou por falecer na batalha de Alcácer Quibir, fomentando o que viria a ser uma crise dinástica por falta de sucessores, pois, apesar de precedido por D. Henrique, seu tio, após a morte do mesmo seguiu-se a mais grave crise dinástica do país e que culminou no domínio espanhol da União Ibérica. O cadáver de D. Sebastião foi encontrado e reconhecido, estando sepultado no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa. A crença popular não aceitou a sua morte e daí nasceu o mito do Sebastianismo, a ideia de que um dia ele voltará numa manhã de nevoeiro para salvar a nação. Uma crença que daí evoluiu e que hoje se pode dizer enraizada no imaginário português sob a forma de um acreditar de que um dia um "D. Sebastião" salvará o país e o tornará de novo relevante no plano internacional, quiçá concretizando-se o Quinto Império de Fernando Pessoa.


quarta-feira, 6 de novembro de 2013

César e a traição mortal



César, um nome que invoca os dias da gloriosa era romana, não tem uma origem cem porcento determinada. Poderá derivar do latim caesus, que significa "cortado", mas também de caesaries, que significa "cabeludo" ou "cheio de pêlos". Daí terá dado origem ao cognome romano Caesar. Os típicos nomes romanos eram compostos por um prenome, um nome propriamente dito e, por fim, um cognome. Originalmente, os cognomes eram alcunhas mas, nos tempos da República e do Império Romano, passaram a ser transmitidos de pai para filho. Assim, o cognome funcionaria como um apelido que formava subgrupos dentro de famílias, como que uma divisão para além da que o nome já fazia e que também serviria de apelido. Em latim clássico, por oposição ao eclesiástico, Caesar soaria algo como /káissar/, pois todos os cc teriam valor /k/ (assim como os vv teriam valor /u/, pelo que a conhecida expressão, veni, vidi, vici, seria, na verdade, pronunciada como /uéni, uídi, uíki/).

Caesar tornou-se famoso por ser o cognome de um dos mais mediáticos líderes romanos de sempre e autor da célebre frase anteriormente referida - Júlio César (Caius Iulius Caesar, à nascença, Imperator Iulius Caesar Divus, após a morte; 100 AEC - 44 AEC). Foi responsável por uma enorme expansão da República Romana à custa de uma série de batalhas pela Europa, declarando-se, posteriormente, ditador para a vida. Morreu assassinado no senado pelas mãos de outros políticos, traição que ainda hoje deixa a sua marca através de inúmeras peças, filmes e séries que recriam o evento. Segundo a tradição, Júlio César terá necessitado de uma cirurgia para nascer, o que suporta a teoria da origem em caesus e justifica o facto de hoje chamarmos cesariana a tal procedimento.

Caesar passou a ser utilizado como título por sucessivos imperadores após Júlio César, tendo também estado na origem do título alemão Kaiser e do russo Czar. Mais tarde, surgiu como antropónimo cristão, mais concretamente pela altura do Renascimento. Em Portugal e noutros países adquiriu a forma de César, estando os nomes Cesário/Cesária e Cesarino/Cesarina relacionados. Cesária ganhou visibilidade graças àquela que foi, provavelmente, a cara de Cabo Verde no mundo; refiro-me, pois, à cantora Cesária Évora (1941-2011). 

Segundo dados obtidos pela autora do blog Nomes e mais nomes, em 2012 César foi o 90.º nome masculino mais registado em Portugal. 

Há nos confins da Ibéria um povo que nem se governa nem se deixa governar.
Júlio César
Já naquele tempo se sabia.
cæsus

César In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-11-06].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/antroponimia/C%C3%A9sar>.
cæsus

César In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-11-06].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/antroponimia/C%C3%A9sar>.
cæsus

César In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-11-06].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/antroponimia/C%C3%A9sar>.

domingo, 20 de outubro de 2013

Comunicado

O Onomástica Portuguesa encontrar-se-á inactivo por uns tempos, voltando em força nos primeiros dias de Novembro. Sempre que tal situação aconteça, serão feitos esforços no sentido de se avisar os leitores atempadamente. 

Entretanto, em jeito de balanço do início deste blogue, gostaria que quem por aqui, eventualmente, passasse, respondesse à sondagem que coloquei. Acha os textos muito longos ou de boa medida? Preferia que fossem um pouco mais curtos para se sentir mais tentado a ler? A intenção deste blogue será duas: criar uma base de leitores assíduos mas também textos completos para quem aqui venha só pesquisar determinados nomes tenha informação o mais completa possível. Bem sei que textos longos muitas vezes afastam-nos da leitura, mas este blogue terá de tentar encontrar o equilíbrio entre ambos os casos.

Bom resto de Outubro. Vemo-nos antes do São Martinho. :-)

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Magalhães, o apelido das estrelas


Magalhães, ou Magalhaens, é um sobrenome toponímico, isto é, que tem origem no nome de um local, cujo uso remonta ao séc. XIII. Deriva do nome de uma torre em São Martinho do Paço Vedro, hoje freguesia de Paço Vedro de Magalhães, concelho de Ponte da Barca, região tradicional do Minho, no norte de Portugal. 

Existem várias abordagens quanto à genealogia da primeira família a usar o nome. Uma propõe Rui Fernandes de Magalhães como o tronco mais antigo da linhagem, senhor da honra da quintã da Torre de S. Martinho de Magalhães e do couto de Fontarcada, na Póvoa de Lanhoso. Outros adiantam Afonso Rodrigues de Magalhães como o utilizador mais antigo do nome, o qual poderá ter sido, eventualmente, filho de Rui. Era raçoeiro do Mosteiro de Tibães e do seu casamento com D. Alda Martins de Castelões terá dado descendência que deu continuidade ao apelido de família. Entre os Magalhães contam-se ainda personalidades importantes, pelo menos em título, de entre as quais gerações de barões, condes, senhores, viscondes e viscondessas, para além de governadores de ex-colónias ultramarinas, ministros, militares e cavaleiros das ordens de Cristo, de Malta e de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. Ufa, pausa para respirar; são realmente muitos títulos, o que evidencia a importância deste apelido.

A figura mundial mais proeminente que usou este nome foi, sem sombra de dúvida, o navegador português Fernão de Magalhães (1480-1521). Nascido no seio de uma família pobre, na vila de Sabrosa, Trás-os-Montes, o seu espírito de aventura e de explorador nato levou-o, algo literalmente, às estrelas. Ao serviço da coroa espanhola, organizou a primeira viagem de circum-navegação do planeta, algo de magnitude gigantesca para o tempo, como que a viagem à Lua da altura. Foi ainda o primeiro a cruzar o Oceano Pacífico, o qual nomeou e no qual entrou por um estreito na Terra do Fogo, no extremo sul do continente americano, estreito esse que hoje tem o seu nome. Infortunadamente, pereceu numa batalha nas Filipinas aquando da grande volta ao mundo, mas o seu nome perdura em grande apreço como o nome de duas galáxias-satélites da nossa, a Pequena e a Grande Nuvem de Magalhães (imagem). Ambas podem ser vistas a olho nu no hemisfério sul, entre o equador e o Pólo Sul, tal como Fernão de Magalhães o fez. Ter galáxias em nosso nome (ou, pelo menos, com o nosso nome), esses conjuntos de milhares de milhões de estrelas e de infinitos mistérios, não é, realmente, para todos.

Brasão de Armas:

De prata, três faixas xadrezadas de vermelho e prata, de três tiras. Timbre: um abutre de sua cor, estendido e armado de ouro. Outros Magalhães usam um escudo esquartelado, sendo os primeiro e quarto de prata, uma árvore arrancada de verde, e os segundo e terceiro de azul, uma cruz de ouro florenciada e vazia. Timbre: a árvore do escudo.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Dinis: uma análise com vinho à mistura


No início, havia um deus. Grego, mais especificamente, e de nome Dionísio ou Dioniso (imagem); originalmente, Dionysos. Crê-se que tal nome terá surgido da combinação de dois elementos, Dios e Nysa. O primeiro sempre esteve relacionado com Zeus (Júpiter, para os romanos), pai dos deuses e do Homem, soberano do Olimpo e progenitor de vários heróis. Este étimo surge como o caso genitivo de Zeus, algo que não existe propriamente na gramática portuguesa mas que existe em línguas como o finlandês, o alemão e o turco. Nysa, por sua vez, refere-se a uma montanha lendária, de localização dúbia mas associada a sítios tais como a Etiópia, a Líbia, a Arábia e a Índia. Segundo o mito, nesse local terá nascido Dionísio, o "Zeus de Nisa", o qual terá sido criado pelas Nisíades, que poderão equivaler às Híades, as ninfas da chuva. De acordo com Ferécides de Siro, nűsa seria uma palavra arcaica para "árvore", o que poderá explicar o porquê do culto de Dionísio estar muito relacionado com árvores, especialmente a figueira. Uma outra possível origem é apresentada por Rafael Bluteau:
Outros pretendem derivar Dionysio de Du, ou Dy, que significa senhor na lingua indiana. 
Dionísio cresceu para se tornar o deus do vinho, da vindima e da produção de vinho, bem como das festas, da epifania e do êxtase. Apesar de filho de Zeus, foi o único dos doze deuses do Olimpo com mãe mortal. Porém, existe outra versão que o coloca como filho de Zeus e Perséfone, filha de Deméter e comummente referida como "a deusa virgem". As datas de 25 de Dezembro e 6 de Janeiro estão associadas ao nascimento do deus, representando este período o solstício de Inverno. Para além disso, Dionísio é relatado como tendo praticado diversos milagres, como a transformação de água em vinho, ter sido aclamado pelos epítetos "Salvador" e "Filho Unigénito", bem como ter morrido e ressuscitado três dias depois, tendo posteriormente ascendido aos céus. Como seria de esperar, tal levou às mais diversas teorias comparativas com a figura central do Cristianismo. Baco constituía o seu equivalente no panteão romano, sendo famosas as bacanais, rituais em sua homenagem, originalmente restritos a mulheres mas mais tarde estendidos a homens, sendo a intoxicação por álcool um dos elementos dessa comemoração.

Em latim surgiu a versão Dionysus, de onde se formou o francês medieval Denys ou Denis, tendo depois sido importado para Inglaterra pelos normandos, onde hoje é mais usual a grafia Dennis. São Denis foi um missionário gaulês do século 3.º que converteu os gauleses ao Cristianismo, sendo hoje considerado o santo patrono de França. Denis foi ainda uma forma também comum em Portugal, assim como a variante mais recente, Dinis, e que também é usada como apelido de família. Hoje, ambas as formas gráficas constam como aceites pela onomástica portuguesa, como se pode verificar no catálogo oficial de nomes próprios do Registo Civil, assim como o feminino, Denise e, ainda, Denisa, Dione e Dionísia. Em tempos, em Portugal, também se popularizou a versão Diniz que, presentemente, à semelhança de Luiz, não constitui uma grafia oficial. Considerações adicionais sobre a terminação em -iz serão efectuadas quando se abordar Luís. 

Não se pode abordar Dinis em Portugal - e até no mundo lusófono em geral - sem se mencionar D. Dinis, sexto rei de Portugal. Pelo tratado de Alcanizes, definiu as fronteiras do país após a Reconquista, tendo ainda, entre outras coisas, criado a primeira universidade portuguesa, mais tarde transferida de Lisboa para Coimbra, e instaurado a língua portuguesa como língua oficial da corte. Foi conhecido como o Lavrador, principalmente pela sua responsabilidade na expansão do Pinhal de Leiria e, ainda, o Rei-Poeta, devido à sua obra literária, existindo cerca de 138 cantigas de sua autoria. 

Amiga, quem vos (ama)
(e por vós) é coitado
e se por vosso chama
des que foi namorado,
nom viu prazer, sei-o eu,
(e) por em já morrerá
e por aquesto m'é greu.

Aquel que coita forte
houve des aquel dia
que vos el viu, que morte
lh'é, par Santa Maria,
nunca viu prazer, nem bem,
(e) por em já morrerá
(e) a mim pesa muit'em.

Os meus sinceros parabéns a quem conseguiu perceber o poema todo. 

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Do Nilo para o Mundo, Maria


Maria é num nome antigo e intemporal, altamente relacionado com a religião e usado por gerações sucessivas de mães e filhas; é, aliás, o nome mais registado em Portugal, mesmo quando se incluem os nomes masculinos na contagem.

Para se chegar à forma gráfica oficial em Portugal, o nome teve de passar por várias etapas durante uma miríade de séculos. A origem exacta é ainda discutível, o que só torna as coisas mais interessantes, mas é geralmente aceite que na base está o hebraico Myriam, do qual também deriva a variante Míriam. O seu significado em hebraico é incerto, havendo teorias que defendem significados como, entre outros, "a desejada", "vidente", "senhora soberana", "rebelia" e, o não tão aprazível, "mar de amargura". Contudo, há ainda quem defenda uma origem egípcia, derivando ou de mry, "amada", ou de mr, "amor". Do hebreu chegamos ao aramaico Maryam. Posteriormente, surgiram as versões gregas Mariam e Maria, tendo depois esta última forma sido adoptada pelo latim, chegando depois ao português. 

Como nome de várias personalidades presentes na Bíblia, foi um nome que se tornou popular numa Europa cristã da Alta Idade Média. Segundo o livro Êxodo, havia uma Maria irmã de Moisés e de Aarão, filha de Anrão e Joquebede. É responsável por ter colocado o seu irmão Moisés numa cesta que lançou ao rio Nilo, de forma a escapulir à ordem do Faraó para que todos os recém-nascidos hebreus fossem assassinados. Mais tarde, assiste à descoberta da cesta pela filha do Faraó, que toma Moisés como seu; Maria sugere-lhe que Joquebede o crie, ao que a princesa concedeu, desconhecendo que esta era a própria mãe da criança.
Achou-se na borda do Nilo, quando a Princeza Thermutis, filha de Faraó, mandando extrahir das aguas a Moisés ella se offereceo para ir buscar huma mulher que o criasse; introduzindo para este effeito, sem a Princeza o saber a sua propria Mãi Jocabed.
Outra Maria, e sem dúvida a mais relevante no plano cristão, foi Maria, mãe de Jesus (imagem). De acordo com a Bíblia, recebeu do arcanjo Gabriel a notícia de que receberia no seu ventre o filho de Deus, por graça do Espírito Santo. Por conseguinte, o nome Maria foi, e em certa medida continua a ser, acompanhado de invocações a nossa senhora. No livro Invocações de Nossa Senhora em Portugal, do Padre Jacinto dos Reis, são enumeradas centenas dessas invocações, de entre as quais Belém, Carmo, Céu, Fátima, Graça, Nazaré, Rosário e, ainda, Lourdes, como se chamava a única primeira-ministra portuguesa até agora, Maria de Lourdes Pintasilgo, governante de 1 de Agosto de 1979 a 3 de Janeiro de 1980. Ainda assim, em determinadas épocas e culturas, o nome Maria foi considerado como demasiado sagrado para ser usado no dia-a-dia por alguém. A adoração à mãe de Jesus tem uma relevância enorme no mundo católico, incluindo Portugal, onde se localiza o enorme Santuário de Nossa Senhora de Fátima, construído em homenagem à sua suposta aparição a três crianças pastoras, Lúcia, Jacinta e Francisco.

Ainda na temática cristã, destaque para Maria Madalena, considerada a segunda mulher mais importante do Novo Testamento, após Maria mãe de Jesus. Maria Madalena viajou com Jesus e com os apóstolos e assistiu à crucificação e ressurreição. Mencionada nas escrituras mais vezes que certos apóstolos, é considerada santa pela Igreja Católica e por várias igrejas protestantes. Ainda assim, durante séculos o seu papel na vida de Jesus foi alvo de especulação, tendo sido considerada, entre várias coisas, prostituta, mulher, amante secreta e até, veja-se lá, a própria mãe de Jesus. Este mistério alimentado ao longo dos tempos foi aproveitado pelo romancista Dan Brown, no seu best-seller O Código da Vinci, onde se explora a possibilidade desta personalidade ter sido a mulher de Jesus, tendo essa informação sido preservada por uma sociedade secreta onde se incluía Leonardo da Vinci, o qual teria deixado uma pista na sua obra A Última Ceia, onde um dos apóstolos representados ao lado do Messias seria, na realidade, uma mulher.

Foi ainda um nome utilizado pela realeza europeia, incluindo duas rainhas portuguesas: D. Maria Francisca (D. Maria I) e D. Maria da Glória (D. Maria II), ambas da dinastia de Bragança, tendo a primeira nascido em Lisboa e falecido no Rio de Janeiro, e o inverso acontecido à segunda. Na altura a capital havia sido transferida de Lisboa para o Rio de Janeiro, aquando das invasões napoleónicas, formando-se o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, o que pôs término ao estatuto de colónia do Brasil, em 1815, acabando este por se tornar independente, em 1822.

Maria adivinha-se um nome eternamente popular ou, pelo menos, intemporal, quer em Portugal, quer no resto do mundo lusófono. Também as suas versões e variantes noutras línguas são amplamente usadas, o que torna este nome nalgo verdadeiramente universal. Embora o seu significado não esteja determinado com toda a certeza, a sua antiguidade e relevância é algo de orgulhar qualquer um.

O nome Maria é acompanhado muitas vezes de invocações de Nossa Senhora, que frequentemente o suplantam: por exemplo, Conceição ou Prazeres em vez de Maria da Conceição ou Maria dos Prazeres. Isto deve-se à santidade atribuída ao nome de Maria desde o início. O livro do Padre Jacinto dos Reis, Invocações de Nossa Senhora em Portugal , enumera várias centenas de invocações, das quais as seguintes são as mais usadas como antropónimos: Anjos, Anunciação, Anunciada, Belém, Bom Sucesso, Caridade, Carmo, Céu, Circuncisão, Conceição, Desterro, Dores, Encarnação, Esperança, Fátima, Graça, Guadalupe, La Sallette, Lourdes, Luz, Mercês, Natividade, Nazaré, Neves, Patrocínio, Piedade, Pranto, Prazeres, Purificação, Remédios, Rosário, Saudade e Saúde. ¨ Santa Maria Goretti (1890-1902), mártir.

maria In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-09-19].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/antroponimia/maria>.
O nome Maria é acompanhado muitas vezes de invocações de Nossa Senhora, que frequentemente o suplantam: por exemplo, Conceição ou Prazeres em vez de Maria da Conceição ou Maria dos Prazeres. Isto deve-se à santidade atribuída ao nome de Maria desde o início. O livro do Padre Jacinto dos Reis, Invocações de Nossa Senhora em Portugal , enumera várias centenas de invocações, das quais as seguintes são as mais usadas como antropónimos: Anjos, Anunciação, Anunciada, Belém, Bom Sucesso, Caridade, Carmo, Céu, Circuncisão, Conceição, Desterro, Dores, Encarnação, Esperança, Fátima, Graça, Guadalupe, La Sallette, Lourdes, Luz, Mercês, Natividade, Nazaré, Neves, Patrocínio, Piedade, Pranto, Prazeres, Purificação, Remédios, Rosário, Saudade e Saúde.

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Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/antroponimia/maria>.
O nome Maria é acompanhado muitas vezes de invocações de Nossa Senhora, que frequentemente o suplantam: por exemplo, Conceição ou Prazeres em vez de Maria da Conceição ou Maria dos Prazeres. Isto deve-se à santidade atribuída ao nome de Maria desde o início. O livro do Padre Jacinto dos Reis, Invocações de Nossa Senhora em Portugal , enumera várias centenas de invocações, das quais as seguintes são as mais usadas como antropónimos: Anjos, Anunciação, Anunciada, Belém, Bom Sucesso, Caridade, Carmo, Céu, Circuncisão, Conceição, Desterro, Dores, Encarnação, Esperança, Fátima, Graça, Guadalupe, La Sallette, Lourdes, Luz, Mercês, Natividade, Nazaré, Neves, Patrocínio, Piedade, Pranto, Prazeres, Purificação, Remédios, Rosário, Saudade e Saúde.

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Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/antroponimia/maria>.
O nome Maria é acompanhado muitas vezes de invocações de Nossa Senhora, que frequentemente o suplantam: por exemplo, Conceição ou Prazeres em vez de Maria da Conceição ou Maria dos Prazeres. Isto deve-se à santidade atribuída ao nome de Maria desde o início. O livro do Padre Jacinto dos Reis, Invocações de Nossa Senhora em Portugal , enumera várias centenas de invocações, das quais as seguintes são as mais usadas como antropónimos: Anjos, Anunciação, Anunciada, Belém, Bom Sucesso, Caridade, Carmo, Céu, Circuncisão, Conceição, Desterro, Dores, Encarnação, Esperança, Fátima, Graça, Guadalupe, La Sallette, Lourdes, Luz, Mercês, Natividade, Nazaré, Neves, Patrocínio, Piedade, Pranto, Prazeres, Purificação, Remédios, Rosário, Saudade e Saúde.

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Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/antroponimia/maria>.